JUSTIFICAÇÃO PELA FÉ

O QUE PRECISO FAZER PARA SER SALVO?

PR. WEDER SILVA

O ser humano foi criado perfeito, mas infelizmente se desviou de sua retidão (Eclesiastes 7.29); isso se deu ao desobedecer a ordem que o proibia um fruto no Jardim do Éden (Gênesis 2.16-17; 3.6). Desse modo, o ser humano transgrediu a Lei, e pelo pecado tornou-se mortal, adquirindo uma dívida infinita para com Deus, impossível de ser paga por uma criatura (Salmo 49.7-9). Esta situação demandava, urgentemente, um salvador. Este, deveria ser duas coisas e praticar duas coisas:

TINHA QUE SER DEUS E HOMEM

TINHA QUE SER DEUS

Para nos salvar deveria ser Deus! Pois o preço infinito exigia um pagamento que só o próprio Deus poderia fazer a si (Salmo 49.7-9; Isaías 43.11). Cristo cumpria este requisito, pois é Deus: Isaías 9.6; Mateus 1.23; João 1.1-3, 20.28; Tito 2.13, etc… Assim, Jesus poderia se voluntariar, provendo em sua divindade a quitação da dívida infinita.

TINHA QUE SER HOMEM

Ser Deus trazia um impropério: Deus não morre (1Timóteo 1.17)! E como a dívida exigia morte, Cristo deveria tornar-se homem para poder morrer, e foi o que Ele fez (Hebreus 2.9). Logo, o verbo se fazendo carne, poderia derramar o Seu sangue, ao tempo que nunca mais poderia desvencilhar-se de Sua humanidade, a fim de que a morte tivesse caráter eterno. Como homem poderia ser também nosso exemplo (João 13.15), o que de outra forma seria sem sentido.

TINHA QUE VIVER

A Condição de Vida Eterna é a guardar o mandamentos (Lucas 18.18-20), no entanto, não é qualquer guarda… é uma obediência sem nunca ter errado, o que o ser humano não tem em si (Romanos 3.10-12). Logo, ninguém conseguirá a salvação por sua própria obediência, por ser insuficiente (Romanos 3.28). Nosso substituto, portanto, deveria viver uma vida de perfeição em nosso lugar, a fim de nos conquistar o passaporte de entrada no Céu, isto é, uma perfeita obediência que não tínhamos. Por isso, Jesus veio para viver em nosso lugar, a fim de que fôssemos justificados (perdoados, salvos) por sua obediência (Romanos 5.19). A bênção é que Hebreus 4.15 demonstra que Jesus venceu, tornando-se perfeitamente obediente desde de seu nascimento até sua morte (Filipenses 2.9), conquistando-nos a condição de vida eterna, que é a perfeita obediência.

TINHA QUE MORRER

Um vez tendo obedecido perfeitamente a Lei de Deus, e nos conquistado o direito a entrarmos no Céu, Jesus deveria morrer em nosso lugar, a fim de quitar nossa dívida para com Deus. E Cristo assim o fez, morreu por nós pecadores (Romanos 5.8), da mesma maneira que os cordeiros morriam no lugar dos transgressores no santuário, Jesus se fez o Cordeiro de Deus para tirar o pecado do mundo, arrostando a culpa em lugar de todos (1João 2.2).

COMO CONSEGUIR A SALVAÇÃO

Agora Jesus subiu ao Céu (Atos 1.9-11), e lá permanece como nosso intercessor e advogado (Hebreus 8.1-2, 1João 2.1). Ali Ele ministra os méritos de Seu sangue a nosso favor. Quem ouve o Evangelho e aceita a Cristo como seu Senhor e Salvador pela Fé, confessando seus pecados, tem seu nome escrito no livro da Vida do Cordeiro (Romanos 3.25-26, Provérbios 28.13, Apocalipse 21.27). Se permanecermos fieis nesta fé em Cristo, confessando diariamente nossos pecados a Jesus e nos arrependendo, o Senhor apresentará ao Pai o Livro de Sua vida como se nós tivéssemos vivido, sendo Ele a Justiça que supera nossos pecados (João 16.8-10).

O LUGAR DA LEI

Como vimos, nossa melhor obediência não ajuda em nada no pagamento de nossa dívida ou compra da entrada no Céu, por ser uma justiça maculada pelo pecado (Isaías 64.6, Romanos 3.28), sendo, portanto, salvos, única e exclusivamente pela graça por meio da fé em Cristo (Efésios 2.8-9). No entanto, Cristo veio nos salvar do pecado, e não no pecado; por isso, uma vez perdoados, Ele nos diz: “Vá, e não peques mais!” (João 8.11). Isto é, toda pessoa salva pela fé, verdadeira, é encaminhada à santificação, sem a qual ninguém verá a Deus (Efésios 2.10; Romanos 3.31, 6..12; Hebreus 12.14). Deste modo, percebe-se que a obediência nossa não nos salva, mas é a imediata e natural consequência na vida de um salvo, porque ama e é amigo de Jesus (João 14.15, 15.14; 1João 2.3-4).

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